Paola: que saudade deles. – nisso o Junior bateu
na porta, e perguntou se podia entra – pensei que você tinha ido pra casa.
Junior: não eu estava aqui fora, é é que eu quis
te dá um pouco mais de privacidade, sei lá. – Ele não estava me encarando,
sempre assim, as vezes penso que ele é bipolar.
Paola: Junior? Amor?, olha pra mim. – ele me
olhou, não me encarou, ficou mais tempo olhando para o chão do que para mim. –
Por que não ficou aqui, quando as meninas estavam aqui?
Junior: por que meninas, falam coisa de meninas,
nada ver só eu de menino ficar aqui, preferi ficar lá fora com com com .. – ele
travou na hora.
Paola: com quem? Fala amor – ele me olhou, veio
pra perto da cama e pegou na minhas mãos;
Junior: com sua mã ã ã ãe, e com o Felipe –
falou apertando minhas mãos.
Paola: e os meninos estão ai? – falei tentando
fugir do “assunto” !
Junior: eles vem e vão embora, só quem fica
direto aqui são eles mesmo.
Paola: E por que? Você não pede pra eles irem
embora? – falei sem olhar pra ele
Junior: Amor, o que adianta mandar, eles não
vão, minha mãe vem pra cá toda hora que pode, pede pra eles irem embora, até
por que a vó ta aqui com você e ela diz que não vai, o felipe disse que também
não vai sair de perto da mãe e só sai daqui quando vocês melhorarem voltarem
pra casa, e não vão, eles falam direto que estão arrependido.
Paola: falar agora é fácil, eles me colocaram
pra fora de casa – não aguentei e chorei
Junior: amor, por favor – falou enxugando minhas
lagrimas – perdoa eles, não quer dizer que você vai ter que morar com ele, que
você vai ter que ficar vendo eles todos os dias.
Paola: ta bom, - O Junior abriu um sorriso – eu
vou pensar, não quer dizer que eu vá perdoa-los
Junior: Tudo bem, só em você pensar já é
bastante coisa.
Paola: vem cá – chamei ele e puxei um pouquinho
ele pra perto de mim. – to com saudades de você, me dá um beijo
Junior: não seja por isso. – Na hora que ele me
deu um selinho que pediu passagem com a língua, minha vó entrou no quarto –
poxa vó, logo agora? Fecha os olhos ai.
Vó Antônia: me respeita menino, ou não deixo
você dormi aqui hoje com ela, rum.
Junior: não está mais aqui quem falou. – ri,
eles são os meu melhores, amo demais esses dois, e agora amo mais ainda a Manu.
Paola: Gente, eu quero levantar, quando será que
eu vou ter alta?
Junior: amor nem me fale em alta, eu que não
vejo a hora da sua alta chegar, quero muito ir pra nossa casinha de vez.
Vó Antônia: amanha é dia de colheita de leite, a
Drª
Thays, vai passar aqui, e com certeza o Dtr Eduardo, vai vim falar sobre a sua
cirurgia, ai a gente vai saber mais e mais coisas, tenha calma.
Paola: eu estranhei isso hoje, por que
foi só visita, a enfermeira só entrava pra ajeitar o soro e as gororobas deles,
mais nada de falarem da Manuela e nem da minha costela. - eu falei fazendo cara de raiva, o que levou
minha avó e o Junior rirem – vocês estão rindo por que não são vocês aqui
deitados.
Ficamos conversando bastante tempo,
depois minha vó saiu falando que iria na cantina, mais sei que ela vai ficar
com a Patricia um pouco.
Paola: amor – chamei atenção do Junior
que estava no celular – o que você tá fazendo?
Junior: to conversando com o Gil por
sms, por que?
Paola: vem cá rapidinho. – ele deixou o
celular aonde ele estava e veio pro meu lado. – você me ama?
Junior: lógico! Por que isso agora? –
segurei o riso, é um tédio aqui, vou ficar brincando com ele
Paola: se eu engordar?
Junior: eu engordo junto
Paola: meus peitos vão cair, com a Manu
mamando, você vai me amar mesmo assim, com barriga grande e com peitos caídos
Junior: amor e seu ficar careca,
barrigudo, barba grande, feio? Você vai me amar?
Paola: aah, se eu ficar magra e você
careca, gordo, vou querer mais nada contigo não. – segurei o riso
Junior: aah é! Se você não ficar comigo,
também não vai ficar com mais ninguém.
Paola: vou sim, arrumo outro dois dias
depois
Junior: DUVIDO, eu mato ele. – não
aguentei e ri – ta rindo por que?
Paola: aqui é um tédio, as vezes é bom
brincar, você é meu e de mais ninguém, você foi meu primeiro homem e vai ser
meu ultimo. Nossa família vai ser linda, por que DEUS vai nos ajudar a cuidar e
proteger. Eu juro que se algo acontecer com você eu vou se a primeira a está
contigo, eu prometo que te amarei de janeiro a janeiro, de verão a verão. Você
é o meu melhor amigo e meu eterno namorado.
Junior: você é muito engraçadinha, ama
me assustar, pensei que queria sumir, por que do nada me perguntou se te amava.
E você é o meu melhor tesouro que Deus pode me presentear, hoje eu tenho duas
joias raras na minha vida, vai ser eterno o nosso amor, por que tem a aliança
de DEUS.
Paola: se um dia algo acontecer, e o
destino nos separar, vai ser uma ferida que só a presença um do outro vai poder
curar, e não penso em te abandonar nunca, você que esta sempre comigo, você é
tipo meu amoleto da sorte, sem você eu não sou mais nada, mesmo sem ter ido ao
altar, nosso relacionamento é na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na
riqueza e na pobreza até que um dia a morte nos separe, né?
Junior: por isso eu te amo tanto. –
falou isso e me beijo, agora a gente consegue matar um pouco da saudade um do
outro. Que falta desse beijo. Ele me beijo, a falta de ar apareceu, respiramos
e nos beijamos de novo, respirava e beijava. Tentamos matar a saudade, mais não
tem como matar saudade, se o beijo dele é essencial pra mim. Ficamos nos
beijando, nos amando, namorando, conversando até que eu dormi.
Segunda feira, dia 17/09/2007
Paola: NÃO, NÃO MINHA FILHA NÃO –
Acordei de um pesadelo horrível, sentindo umas pontadas nas costas
Junior: o que foi Paola?
Paola: tão querendo levar minha filha de
mim, não amor, não deixa, por favor
Junior: amor, você estava tendo um
pesadelo, calma
Paola: JUNIOR, era real, eles querem
levar minha filha, ela estava dormindo
Vó Antonia: Calma meu amor, a Manu está
bem!
Paola: eu quero ver minha filha, me leva
lá Junior, eu quero ter certeza que não levaram minha filha – já estava
chorando muito, com uma dor no peito de tanto chorar, eu não quero saber das
minhas dores, eu quero ver minha filha, quero saber como ela está - chama, chama
a enfermeira - falei fazendo força pra
levantar.
O junior saiu correndo do quarto, e
voltou com uma enfermeira, ela me olhou com os olhos arregalados
Enfermeira: Senhorita, não pode fazer
forças, ou prejudicará a senhora, os pontos podem estourar, e a sua cirurgia da
costela pode não cicatrizar. Por favor, deita-se na cama.
Paola: eu preciso ver minha filha, se
ela não vem até a mim, eu vou até ela.
Enfermeira: Senhorita, a senhora não
pode fazer esforços.
Paola: e qual a parte do que eu preciso
ver minha filha a senhora não entendeu? – minha vó me repreendeu com o olhar, o
junior ameaçou abrir a boca mais respirou fundo.
Junior: eu posso ajudar ela, ir até lá –
ele falou olhando pra enfermeira, que o olhou
Enfermeira: mais eu não posso permitir
Junior: eu me responsabilizo, o que
acontecer com ela, eu sou o responsável.
Enfermeira: Meu rapaz você é de menor,
não se responsabiliza, não pode, se responsabilizar pela paciente. – olhei
imediatamente pra minha vó.
Vó Antonia: eu me responsabilizo, mais
depois que você pedir desculpas a ela, que só está aqui fazendo o serviço dela,
e nada mais, e não deve escutar desaforos de paciente. – ela me olhou bem
séria.
Paola: me desculpa moça. Me desculpe
mesmo.
Enfermeira: ok.
Junior: vou ali, já volto. – ele saiu,
demorou um pouco, a enfermeira trouxe uns papéis pra minha avó assinar, com a
responsabilidade sobre mim. O Junior, voltou com uma cadeira de rodas me ajudou
a levantar e me colocou na cadeira, escovei meus dentes, lavei meu rosto, tudo
o que fiz na maca ontem, hoje eu fiz no banheiro, e que alivio, o Junior
penteou meu cabelo e foi saindo comigo.
Ele estava nervoso eu estava sentindo,
ele não dava um pio, e foi me levando pro berçário, por onde a gente passou
direto.
Paola: ô Junior, aonde você vai, o
berçário é ali atrás.
Junior: Calma amor. – quando entramos em
um corredor eu vi a Patricia, encostada em um vidro, ela estava olhando pra
dentro de uma sala, estava tão distraída quem nem viu a gente chegando.
Paola: Junior, eu quero ver a Manu, me
leva logo - falei baixo, só pra ele
escutar, e ele seguiu, quando estava chegando perto dela, ela virou
Patricia: Junior ?! – Ela trocava o
olhar entre ele e eu, e com um olhar assustador.
Paola: vamos, logo Junior – ele acenou
com a cabeça pra ela, dando bom dia e seguiu, entrando em uma salinha, fiquei
nervosa – a Manu ali, me leva pra ela.
Falar que ver a Manu não foi bom, eu
estaria mentindo, mais daria tudo pra não ve ela desse jeitinho, toda entubada,
tinha aparelhos por ela toda, Senhor ajuda minha filha. Até então queria
entender que parte era aquela de hospital, era clarinha mais pouco movimentada.
Foi quando descobri que era a UTI de crianças. Fiquei ali por muito tempo, uma
enfermeira veio pra colocar o leite na sonda, por onde a Manu e mais 3 crianças
estão se amamentando, fiquei observando na maternidade, ela estava tão frágil, minha menina tão pequena e lutando pra sobreviver, sem mais comecei a chorar, fiquei chorando, até sentir com as mãos nos meus ombros, coloquei as minhas por cima, sabia que não era o Junior e sim a Patricia, continuei chorando e a sentir chorar também.
Paola: Por que com a minha filha? - ela se aguachou na minha frente
Patricia: Posso ? - ela falou com os braços abertos e com os olhos cheio de lagrimas, apenas assenti, e ela me abraçou - ela é uma guerreira como você, ela está a todo momento mostrando o que te puxou, ela pode parecer com o Junior fisicamente, mais o lado emocional é todo seu, uma menina que não desiste, me arrependo tanto de ter rejeitado vocês duas, hoje eu vejo o muro que construí na sua gravidez, entre nos duas, queria voltar o tempo e poder aproveitar a cada momento com você, ela vai sair dessa, e vocês vão ser muitos felizes, sua família, tão nova e tão linda, minha filha me perdoa, me perdoa pelo que eu te fiz, te falei, quero concertar tudo, me dê essa oportunidade? - estava-mos as duas chorando muito
Paola: Te perdoou, mããe. - ela me abraçou mais forte - aaaai, minhas costas.
Patricia: aai minha filha me desculpaaa!
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- Amores, muito obrigada pelos comentarios, tá ai a Parte ²
- Não postei na quarta, por que não tinha os 15 comentários, tá um pouquinho grande, e com muitas emoções, e muitas gracinhas da Lola, esperem que mais e mais emoções viram.
- Próximo capitulo com 15 coméntario
- Anonimos coloquem os nomes, Por Favor,
- querendo entrar no grupo é só chamar,
- Anne Caroline 21 974823683
- Mayara 21 966098644
- beijos com amor e carinho das Amigas Escritoras. (:P)